No final do ano passado, os astrônomos que usavam o telescópio Keck II divulgaram a primeira imagem direta de um sistema planetário, incluindo quatro planetas. Desde então, a equipe coletou novos dados usando o mesmo telescópio, estendendo a faixa espectral até a parte do infravermelho médio dos espectros.
As novas imagens são importantes para os astrônomos, pois isso fornece uma compreensão mais completa da distribuição de radiação que os planetas estão emitindo. Isso pode ser comparado a modelos de formação planetária, permitindo que esses jovens planetas funcionem como um banco de ensaio. Comparações anteriores com modelos sugeriram que esses planetas têm atmosferas frias e empoeiradas, sem a presença de metano ou outras moléculas absorventes comuns.
A equipe espera que as novas observações ajudem a distinguir os vários modelos que explicam essa deficiência de metano. Infelizmente, obter boas observações nessa parte dos espectros é um desafio. Em particular, no telescópio Keck, o design do próprio telescópio torna as observações especialmente desafiadoras devido às partes do instrumento emitidas no infravermelho, mascarando os sinais fracos do planeta.
Para destacar os planetas, a equipe desenvolveu uma nova técnica para ajudar a limpar as imagens do ruído indesejado. Eles estimam que sua nova técnica é nove vezes mais eficiente do que as técnicas usadas anteriormente. Para fazer isso, eles moveram o telescópio levemente entre as imagens, permitindo que os padrões de interferência mudassem entre as exposições, tornando-os mais aparentes e fáceis de remover.
Quando os resultados foram analisados e comparados aos modelos, a equipe descobriu que eles estavam de acordo com as previsões da evolução planetária para os planetas c e d. No entanto, para o planeta b, os modelos previram um planeta com um raio que seria muito pequeno para explicar a luminosidade observada. As observações podem ser levadas a um acordo com os modelos, aumentando a metalicidade do modelo.
Com observações futuras adicionais, a equipe espera restringir esses modelos e investigar mais a atmosfera desses planetas.
NOTA: Enviei um e-mail aos autores do artigo para solicitar permissão para reproduzir a nova imagem aqui, mas não obtive resposta. As utilizadas acima são as imagens das bandas K e L do ano passado. Para ver os novos, fique à vontade para ir diretamente ao jornal.