Túmulo antigo com mural de 'Monstro Azul' descoberto na China

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Um monstro azul, um cavalo alado e uma divindade nua conhecida como mestre do vento são apenas alguns exemplos de imagens fantásticas que os arqueólogos descobriram recentemente em uma tumba de 1.400 anos na China.

"Os murais desta tumba tinham motivos diversificados e conotações ricas, muitos dos quais não podem ser encontrados em outras tumbas do mesmo período", escreveu uma equipe de arqueólogos em um artigo publicado recentemente na revista Chinese Archaeology.

O significado de algumas das imagens não é totalmente compreendido. Os arqueólogos não especularam por que o mestre do vento é mostrado quase nu enquanto corre na direção geral de uma câmara funerária, ou o que a criatura azul-viva, semelhante a um monstro (como os arqueólogos o chamam) representa.

Túmulo roubado

Os arqueólogos descobriram o túmulo pela primeira vez na primavera de 2013, descobrindo que "o túmulo havia sido saqueado recentemente", escreveram os arqueólogos. Uma equipe do Instituto Provincial de Arqueologia de Shaanxi escavou o túmulo, localizado na cidade moderna de Xinzhou, em 2013 e 2014.

Os arqueólogos descobriram que a câmara funerária do túmulo havia sido fortemente pilhada, com os corpos dos ocupantes desaparecidos e restando apenas alguns fragmentos de caixão. No entanto, a equipe descobriu que partes de uma passagem e corredor não haviam sido roubadas e vários artefatos, além de muitos murais bem preservados, permaneciam intocados.

Os murais encontrados pela equipe incluíam não apenas imagens míticas fantásticas, mas também cenas mais fundamentadas, como pessoas trocando cavalos, caçando e trabalhando em uma guarita.

"Temas sobre ascensão ao céu, comércio de cavalos, caça, grand gatehouse e os ricos estilos de roupas fornecem informações valiosas sobre a vida social, história, cultura e práticas militares", escreveram os arqueólogos.

Corrida contra o tempo

Inúmeros arqueólogos observaram que o mercado quente de antiguidades da China, no qual artefatos alcançam preços às vezes chegando a milhões (em dólares americanos), alimentou um aumento no saque de túmulos antigos.

Para citar apenas alguns exemplos, em 2015 os arqueólogos relataram encontrar os restos de um tabuleiro de jogo e dados de 14 lados em uma tumba de 2.300 anos fortemente roubada, enquanto em 2013 a polícia encontrou uma tumba de 1.500 anos antes dos ladrões terminou de roubar seus murais.

Policiais e arqueólogos da China muitas vezes se viram em uma corrida contra o tempo para descobrir e escavar túmulos antigos antes que os ladrões pegem os artefatos e os vendam no mercado de antiguidades, informaram muitos arqueólogos e meios de comunicação. Também ocorreram grandes operações policiais para tentar recuperar artefatos roubados. Em 2015, a Agência de Notícias Xinhua informou que uma operação policial maciça resultou na recuperação de mais de 1.100 artefatos e na prisão de mais de 170 pessoas supostamente envolvidas no saque de túmulos antigos.

Os arqueólogos que recentemente escavaram a tumba de 1.400 anos em Xinzhou relataram suas descobertas, em chinês, em 2015, na revista Kaogu. Esse relatório foi traduzido para o inglês e foi publicado recentemente na revista Chinese Archaeology.

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