Um satélite geoestacionário que teve seus "cérebros fritos" por uma erupção solar (adoro essa descrição do nosso amigo Ian O´Neill no Discovery Space) parou de se comunicar com os controladores de solo no mês passado e permanece fora de controle. Os instrumentos permanecem "ligados", mas o satélite saiu do slot orbital designado e em breve estará próximo de outros satélites. Embora provavelmente não colidir com outros satélites, o satélite não autorizado pode causar problemas quando entra em um espaço orbital ocupado por outros satélites "roubando" seu sinal, interrompendo assim os serviços de outros fornecedores para clientes na Terra.
A Space News relata que um satélite operando com carga útil total que não está mais sob controle não tem precedentes, e a empresa que opera o satélite Intelsat está buscando conselhos de outras operadoras e fabricantes de satélites.
Em 3 de maio, a Intelsat tentou, sem sucesso, desativar a carga útil dos eletrônicos, para que não interferisse em outros satélites. Anteriormente, a Intelsat tentou um esforço infrutífero de enviar entre 150.000 e 200.000 comandos ao satélite para persuadi-lo a entrar em serviço e, na segunda-feira, tentou forçar o satélite a desligar seus transponders e, finalmente, a carga útil do satélite.
A galáxia 15, que normalmente opera a 133 graus de longitude oeste a 36.000 quilômetros sobre o equador, agora está se aproximando do slot orbital geoestacionário a apenas dois graus de distância ocupado por outro satélite usando a mesma largura de banda (banda C) da sonda AMC-11 operada pela Céus mundiais da SES. Com sua carga útil ativa, o Galaxy 15 pode causar interferência potencialmente grave no satélite SES durante um período de duas semanas a partir de 23 de maio, de acordo com a Space News.
O Galaxy 15 retransmite as informações de navegação do Sistema de Posicionamento Global (GPS) para aeronaves a bordo.
As várias empresas de satélite estão trabalhando juntas para descobrir como lidar com o problema. Confira Notícias do Espaço para mais informações.